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Serialização, a cereja do bolo!


Alisson Brum | Talenttare

O número de série é o melhor caminho para as empresas que querem ter um controle mais preciso dos seus produtos oficiais, tanto na organização interna, para dentro do negócio, quanto nas aplicações da porta para fora, como na rastreabilidade da logística, nas ações de marketing, para combater roubo, falsificação e pirataria.

O número serial é único, sendo o responsável pela identificação dos produtos de maneira exclusiva! Assim como cada pessoa tem uma identificação (ID), no Brasil o CPF, cada unidade de um produto pode ter a sua unicidade, ser único e inequívoco, mesmo entre vários produtos idênticos. O número de série é comum em produtos de tecnologia, como um smartphone ou notebook. Já o setor de moda ainda sofre para encontrar uma solução: as empresas praticam um verdadeiro malabarismo na tentativa de marcar os seus produtos oficiais para evitar falsificação e pirataria, muitas vezes, uma sistemática onerosa e logo burlada por aqueles que se propõem à atividade criminosa no comércio.

O uso do número serial tem diversas aplicações. No marketing, um consumidor pode cadastrar seu produto oficial para programas de fidelidade, receber promoções e ofertas de acordo com o seu perfil e receber atendimento personalizado de maneira rápida e eficiente (SAC), fortalecendo o relacionamento com a marca. Para produtos cada vez mais tecnológicos, com games para calçados infantis, dispositivos de saúde e prática de esportes vinculados a softwares de monitoramento e performance, o serial pode ser a chave para validar o uso pelo usuário.

Dentro do seu negócio, é possível controlar com plena rastreabilidade e precisão a quantidade que é produzida, vendida, separada (picking), embarcada ou inventário em tempo real, impactando no negócio de maneira global. Como um serial não deve ser contado duas vezes, o controle é muito firme, evitando desvios entre o que é realizado fisicamente e o que está registrado nos programas de computador (mundo físico versus virtual).

Como se sabe, um ponto definitivamente crítico e que gera bilhões de prejuízos ao ano para o setor de moda é a falsificação e pirataria. Por bem, se há total controle da série de produtos que foi vendida, com rastreabilidade, facilmente, estes poderão ser validados se são oficiais ou não. Por mais que um pirata ou falso copie um numeral de um produto oficial, jamais ele terá o controle da série variável que foi liberada para a produção pelo detentor da marca, nem mesmo os eventos da rastreabilidade, dando segurança ao mercado, para quem vende, compra e o consumidor final.

Na medida que a serialização de produtos for difundida, o mercado se autorregulará e atividades fraudulentas e criminosas serão mitigadas. Além disso, sinistros por roubo de carga, também, terão um maior combate, já que a ocorrência pode dar rastro aos produtos roubados. Enfim, falsificação e pirataria, assim como os furtos e roubo de carga, podem ser combatidos com a rastreabilidade bem resolvida.

Desse modo, os pilares de identificação, processo e EDI difundidos pelo projeto Sola - Sistema de Operações Logísticas Automatizadas, e, complementarmente, a evolução da serialização de maneira única e inequívoca, constroem uma estrutura sólida para as futuras aplicações da Manufatura Avançada ou Indústria 4.0, assim como para a Internet das Coisas (IoT). Paralelamente às discussões sobre esta revolução industrial, é indispensável adotar uma base sustentável de identificação, processo e compartilhamento de dados (EDI) para integrar a cadeia produtiva. É hora de fazer a lição de casa que falta na indústria calçadista, a fim de manter a sua competitividade!

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